Especialista defende integração para controlar praga que atinge soja e outras culturas
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O pesquisador da Embrapa Soja e entomologista Edson Hirose, que está atualmente no Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão, em Goiânia (GO), esteve na última sexta-feira, 23, no auditório da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), em Pedro Afonso, onde ministrou palestra sobre a lagarta Helicoverpa armigera, praga quem tem atacado diversas culturas, inclusive a soja. Durante o evento promovido pela Cooperativa com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Tocantins (Sescoop-TO), ele defendeu maior integração entre produtores para controlar a praga.
Edson Hirose revelou à plateia que já viu a Helicoverpa comer vagem seca de soja. Ela também come a palha seca do milho, e pode percorrer uma distância de 300 a 600 quilômetros ao voar. Na Bahia, os produtores se mobilizaram para combater a praga. "Nós somos uma única fazenda. Foram eles mesmos que falaram. A helicoverpa vai comer o meu feijão, o seu algodão. é preciso pensar o sistema de forma integrada. Se a gente quiser sobreviver no negócio, temos que trabalhar juntos", defendeu o pesquisador da Embrapa Soja.
De acordo com Edson Hirose, a Helicoverpa é difícil de ser identificada, e existem três desafios para o controle da lagarta: o manejo de monitoramento, atingir o alvo e o manejo da resistência. "O nosso grande desafio é o monitoramento. O nosso ponto é: quando a gente vai controlar?", questionou o pesquisador à plateia de cerca de 160 pessoas, formada por produtores rurais, professores, agrônomos e técnicos agrícolas.
O pesquisador apresentou alguns métodos de monitoramento como armadilhas para as lagartas já adultas, plano de batida, nos casos das lagartas médias e grandes, e exames na planta (flores e folhas novas) para identificar as lagartas pequenas. Segundo ele, os australianos já convivem há mais tempo com a praga. E, aqui, no Brasil, após a próxima safra será possível fazer uma avaliação mais detalhada em relação aos impactos causados nas diversas culturas pela Helicoverpa armigera. "Para algumas regiões vai ser pior. Para algumas culturas vai ser pior. A Austrália convive com ela, a China convive com ela, e o Brasil vai ter que conviver com ela", disse.
Para ajudar no controle da praga, produtos foram liberados emergencialmente, no mercado. "São vários produtos no mercado que precisam ser rotacionados. Como a gente tem muitos produtos no mercado, a gente pode rotacionar. Se procurar resistência, a Helicoverpa é campeã. Há 64 relatos à resistência a vários grupos de inseticidas", informou.
Saiba mais
A Helicoverpa armigera é uma praga exótica que até pouco tempo não tinha registro de ocorrência no Brasil, sendo regulamentada como quarentenária A1. Pragas quarentenárias A1, além de não serem presentes no País, são consideradas de alto risco e como potenciais causadoras de importantes danos econômicos. Além de atacar lavouras de soja, algodão e milho, a praga também atingiu plantações de feijão comum, caupi, milheto e sorgo.
Ela foi identificada pela primeira vez pela equipe de pesquisadores Silvana Moraes e Alexandre Specht, da Embrapa Cerrados, e Daniel Ricardo Sosa-Gomez, da Embrapa Soja, em fevereiro deste ano, a partir das análises morfológicas e de DNA dos insetos adultos do sexo masculino. A identificação da praga é importante por permitir ações específicas de controle. (Com informações da Embrapa Cerrados)
Fonte: Fred Alves
Edson Hirose revelou à plateia que já viu a Helicoverpa comer vagem seca de soja. Ela também come a palha seca do milho, e pode percorrer uma distância de 300 a 600 quilômetros ao voar. Na Bahia, os produtores se mobilizaram para combater a praga. "Nós somos uma única fazenda. Foram eles mesmos que falaram. A helicoverpa vai comer o meu feijão, o seu algodão. é preciso pensar o sistema de forma integrada. Se a gente quiser sobreviver no negócio, temos que trabalhar juntos", defendeu o pesquisador da Embrapa Soja.
De acordo com Edson Hirose, a Helicoverpa é difícil de ser identificada, e existem três desafios para o controle da lagarta: o manejo de monitoramento, atingir o alvo e o manejo da resistência. "O nosso grande desafio é o monitoramento. O nosso ponto é: quando a gente vai controlar?", questionou o pesquisador à plateia de cerca de 160 pessoas, formada por produtores rurais, professores, agrônomos e técnicos agrícolas.
O pesquisador apresentou alguns métodos de monitoramento como armadilhas para as lagartas já adultas, plano de batida, nos casos das lagartas médias e grandes, e exames na planta (flores e folhas novas) para identificar as lagartas pequenas. Segundo ele, os australianos já convivem há mais tempo com a praga. E, aqui, no Brasil, após a próxima safra será possível fazer uma avaliação mais detalhada em relação aos impactos causados nas diversas culturas pela Helicoverpa armigera. "Para algumas regiões vai ser pior. Para algumas culturas vai ser pior. A Austrália convive com ela, a China convive com ela, e o Brasil vai ter que conviver com ela", disse.
Para ajudar no controle da praga, produtos foram liberados emergencialmente, no mercado. "São vários produtos no mercado que precisam ser rotacionados. Como a gente tem muitos produtos no mercado, a gente pode rotacionar. Se procurar resistência, a Helicoverpa é campeã. Há 64 relatos à resistência a vários grupos de inseticidas", informou.
Saiba mais
A Helicoverpa armigera é uma praga exótica que até pouco tempo não tinha registro de ocorrência no Brasil, sendo regulamentada como quarentenária A1. Pragas quarentenárias A1, além de não serem presentes no País, são consideradas de alto risco e como potenciais causadoras de importantes danos econômicos. Além de atacar lavouras de soja, algodão e milho, a praga também atingiu plantações de feijão comum, caupi, milheto e sorgo.
Ela foi identificada pela primeira vez pela equipe de pesquisadores Silvana Moraes e Alexandre Specht, da Embrapa Cerrados, e Daniel Ricardo Sosa-Gomez, da Embrapa Soja, em fevereiro deste ano, a partir das análises morfológicas e de DNA dos insetos adultos do sexo masculino. A identificação da praga é importante por permitir ações específicas de controle. (Com informações da Embrapa Cerrados)
Fonte: Fred Alves