
Cooperativas do Tocantins se destacam na representatividade e atuação feminina
Seja para apoiar as agrônomas, as motoristas ou as médicas, o Sistema OCB Tocantins se faz presente
Celebrações e homenagens marcaram diversas partes do mundo neste domingo, 8. O motivo foi o Dia Internacional da Mulher, uma data histórica que reforça a luta feminina por condições igualitárias em todos os espaços. No cooperativismo, as mulheres buscam cada vez mais representar o movimento, sendo hoje cerca de 40% de mulheres em cooperativas, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
No Tocantins, cooperativas de todos os ramos têm se destacado na representatividade feminina, com mulheres ocupando cada vez mais os cargos de liderança e atuando também como cooperadas e colaboradoras. Em alusão a esta data tão marcante, o Sistema OCB/TO buscou as histórias de sucesso de algumas mulheres que, com garra e determinação atuam frente às cooperativas e vencem os desafios diários.
Ramo agropecuário
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A história de Erica Lima Brito, 38 anos, é um exemplo de representatividade feminina. Engenheira agrônoma e coordenadora da cooperativa Frísia Agroindustrial, em Paraíso do Tocantins, há dois anos, a profissional já possui 17 anos de mercado e em boa parte desse tempo esteve em cargos de liderança no cooperativismo. Atuou na Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (COAPA), de Pedro Afonso, por 11 anos, entrando como estagiária e alcançando, com competência e dedicação, o cargo de gerente técnica comercial e por quatro anos também esteve na organização global Bayer como representante técnica de vendas.
Erica afirma que “sempre existiu a força das mulheres no cooperativismo e hoje ela está mais destacada. É natural termos essa visibilidade, porque possuímos um olhar diferente, mais amplo buscando sempre o foco. No ramo agropecuário esse destaque é ainda mais relevante, pois antes tinha-se uma percepção que a maioria dos homens exercia cargos de liderança e hoje com a atuação das mulheres é possível enxergar o crescimento e suas posições também nestes cargos. No cooperativismo não há diferenciação de gênero o que importa é mostrar o profissionalismo e que equidade e igualdade devem andar juntos”, comenta Erica.
Ramo Transporte
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A Maria Inez Chaveiro, 52 anos, é outro caso que demonstra que a mulher pode exercer qualquer função. Uma das fundadoras da Cooperativa Bandeirante dos Transportadores Autônomos de Passageiros do Estado do Tocantins (Cooperban), desde 1996, em Araguaína, Maria Inez ingressou para formação de membros da cooperativa, mas já se interessava pela profissão de motorista que hoje mesmo sendo aposentada ainda exerce.
No início, ela era a única mulher em um grupo de 20 pessoas e, apesar das críticas, conseguiu encarar todos os desafios com muita persistência. “Sempre quis trabalhar com aquilo que amava, ser motorista. Foi uma experiência muito boa e hoje todo mundo admira o desempenho das mulheres na cooperativa”, afirma a cooperada.
Ramo Saúde
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A Médica de Família e Comunidade, na Unimed de Gurupi, Marcela de Souza Sotto Mayor, 36 anos, é cooperada há dois anos. Atuando na prescrição médica dos pacientes internados, integrante da equipe do pronto socorro e responsável pelo mais novo empreendimento a ser inaugurado pela cooperativa, na próxima semana, a Clínica de Atenção Integral à Saúde (AIS), Marcela enxerga o ambiente cooperativista com um espaço para as mulheres se destacarem. “Vejo que na cooperativa temos a oportunidade de mostrarmos nosso empoderamento assumindo funções de destaque. Hoje eu observo que as mulheres estão em todos os setores, inclusive temos uma gerente representando a nossa cooperativa e eu acredito que essa escolha é feita porque elas se destacam, são bastante dedicadas naquilo que fazem”, finaliza Marcela.
Sistema OCB/TO
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Segundo a superintendente do Sistema OCB/TO, Maria José de Oliveira, hoje se tem falado muito na necessidade de valorizar a participação da mulher em todos os todos nichos da sociedade. “No cooperativismo, isso também se aplica, pois, a participação das mulheres como associada, ou até mesmo em cargos executivos ainda é incipiente ”, afirma a superintendente.
De acordo com Maria José o cooperativismo é baseado em princípios e valores únicos, como a equidade e a igualdade, e o Sistema OCB/TO incentiva as cooperativas a criarem oportunidades, qualificação, e espaços onde as mulheres se sintam seguras e confiantes ao para ocupar cargos e assumirem responsabilidades. “O Sistema OCB/TO atua fortemente nessa questão, apoiando a formação de núcleos e frentes femininas, por acreditar que organizadas, elas contribuem inclusive nos resultados socioeconômicos, além de reforçar os laços de fidelidade família x cooperativa” conclui Maria José.
Ascom Sistema OCB/TO